De acordo com a Polícia Federal, cerca de mil números foram alvo dos hackers presos na terça-feira (23).

O método utilizado era relativamente simples: eles tentavam acessar a conta do Telegram do alvo pelo computador (Telegram Web) e pediam para que o código necessário para concluir o acesso fosse enviado por ligação telefônica.

Como as operadoras de telefonia não exigem senha para acessar a caixa postal se a ligação vier do mesmo número de telefone ligado a ela, bastava aos invasores usar um software para falsificar o número que usavam – se passando pelo número do alvo – e ligar para a caixa postal atrelada ao número para obter o código do Telegram.

Para garantir que a ligação não fosse atendida pelo alvo (e, assim, fosse para a caixa postal), os invasores ligavam diversas vezes para o número do alvo ou faziam a operação de madrugada, quando a chance do telefone do alvo estar desligado é maior.

Entretanto, para fazer essa operação contra centenas de autoridades era necessário conhecer o número do celular pessoal de cada alguma delas, uma informação que não é pública e pode ser difícil de ser obtida.

Como invasores relativamente amadores em uma casa no interior de São Paulo conheciam tantos números de celulares pessoais de autoridades pelo Brasil?

Parece claro que alguém – o responsável por encomendar o serviço – forneceu os números a eles.

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