Pichadores de suásticas em igreja no RJ são esquerdistas apoiadores do “ele não”

A Polícia Civil identificou nesta quarta-feira (17) os três vândalos que picharam suásticas nazistas na capela de São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo, na Região Serrana do RJ. Segundo a polícia, o trio foi flagrado por imagens de câmeras de segurança fazendo pichações “ele não” em muros e calçadas do distrito. O crime aconteceu no domingo (14) e as pichações foram removidas nesta quarta (17).

Segundo o depoimento dos bandidos, a pichação na Igreja aconteceu depois que um dos integrantes da capela se declarou favorável ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), o que levou os vândalos a picharem símbolos nazistas no imóvel para demonstrar insatisfação. Foram identificados Gustado Ferreira da Silva, de 29 anos, e Luis Felipe Dantas de Oliveira, de 34 anos.  O nome do terceiro elemento, de 24 anos, que chegou a fugir da polícia e se apresentou posteriormente na 151ª DP, não foi informado até o momento. Na casa de Gustavo também foi encontrada uma pequena quantidade de maconha e ele também foi autuado por posse e uso de drogas (artigo 28 da Lei 11.343/06).

Segundo nota da Polícia Civil, “as investigações prosseguem na tentativa de se buscarem novas imagens e colher novos depoimentos, inclusive do padre da igreja, com o escopo de se concluir o inquérito  que apura o crime de preconceito previsto na lei 7.716/1989, que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão”. Ou seja: os “nazistas” que na verdade eram esquerdistas apoiadores do “ele não” podem ficar até cinco anos presos pelo crime.

Construída por volta de 1850 e inaugurada em 22 de janeiro de 1865, a igreja é a mais antiga do município, com mais de 150 anos, e tem um sino de bronze doado pelo imperador Dom Pedro II.